Home / Negócios / Falta Gente Boa: A Crise de Profissionais Que Está Travando a Construção Civil

Falta Gente Boa: A Crise de Profissionais Que Está Travando a Construção Civil

profissionais qualificados

A construção civil no Brasil está vivendo um problema sério: não tem profissional qualificado sobrando no mercado. Construtoras disputam pedreiros, eletricistas e encanadores como se fossem raridade. Essa escassez está paralisando obras, aumentando custos e ameaçando o crescimento de um setor que emprega mais de 3 milhões de trabalhadores formais.

A SeguroCerto (www.segurocerto.seg.br), empresa especializada em Seguro de Vida para Funcionários da Construção Civil, afirma que oferecer benefícios atrativos se tornou indispensável para conquistar e reter esses profissionais num mercado tão disputado. Números da Câmara Brasileira da Indústria de Construção revelam que 82% das empresas reclamam de dificuldade para contratar, e 71% dizem que a falta de mão de obra é o maior obstáculo em 2025. Não é só falta de gente: faltam pessoas com capacitação técnica para dar conta das obras atuais, que são bem mais complexas.

A Situação É Mais Complicada Do Que Parece

O setor ultrapassou os 3 milhões de trabalhadores com carteira assinada pela primeira vez desde 2014, mas esse número bom esconde um cenário ruim. Estudos mostram que 77% das construtoras têm dificuldade para contratar justamente pela falta de profissionais capacitados. As vagas mais difíceis de preencher são pedreiros com experiência, eletricistas residenciais e industriais, encanadores, mestres de obras e operadores de máquinas pesadas.

O problema fica ainda pior em projetos de alto padrão, onde acabamento e finalização exigem conhecimento técnico refinado. Um mestre de obras experiente chega a ganhar R$ 15 mil mensais, às vezes mais que engenheiros recém-formados, tamanha é a briga por esses profissionais. Trabalhadores mais velhos se aposentando, escolas técnicas ruins e profissionais migrando para outros setores explicam parte dessa falta.

Obras Paradas e Custos Subindo

A falta de mão de obra qualificada paralisa canteiros e faz os custos explodirem. Com poucos trabalhadores experientes disponíveis, as construtoras competem oferecendo salários maiores, o que pressiona todos os custos e, no fim, o preço final dos imóveis sobe também. O descompasso entre o que o setor precisa e o que os trabalhadores esperam da carreira também contribui para o problema, principalmente entre os jovens.

Obras atrasam porque faltam profissionais para executar etapas cruciais, gerando multas contratuais e perda de credibilidade com clientes e investidores. A rotatividade na construção civil é de 4,9 numa escala de 0 a 10, acima da média nacional de 3,8, gerando custos extras com contratação, treinamento e demissão. Esse cenário obriga as empresas a repensarem como atrair e segurar talentos.

Benefícios Que Pesam na Decisão do Profissional

Construtoras que montam pacotes de benefícios atraentes saem na frente na disputa por profissionais qualificados. Salário bom é importante, mas não é tudo: trabalhadores também querem segurança, desenvolvimento profissional e qualidade de vida. Benefícios como seguro de vida, planos de saúde, vale-alimentação e programas de treinamento viraram ferramentas estratégicas para reter talentos escassos.

O seguro de vida para funcionários da construção civil é obrigatório em vários estados conforme as convenções coletivas, mas vai muito além de só cumprir a lei. Ele demonstra responsabilidade social, protege financeiramente trabalhadores e famílias numa profissão arriscada, e melhora bastante a percepção de valor do emprego. Empresas que investem nesses benefícios diminuem a rotatividade, fortalecem sua marca empregadora e se tornam lugares desejados para trabalhar.

Estratégias Práticas Para Não Perder Talentos

Para competir por talentos escassos, as construtoras precisam montar programas de retenção sólidos com plano de carreira claro, avaliações de desempenho, remuneração variável e acompanhamento próximo das lideranças. Investir em treinamentos internos, universidade corporativa, bolsas de estudos e programas de mentoria aumenta o engajamento e diminui a saída de funcionários. Oferecer benefícios competitivos, incluindo seguros de vida completos, diferencia a empresa no mercado e facilita o recrutamento.

Construir um ambiente de trabalho agradável também é crucial: profissionais escolhem empresas que se conectam com seus valores e se preocupam com seu crescimento. Políticas de saúde e bem-estar, programas de reconhecimento e comunicação transparente fortalecem o vínculo dos trabalhadores com a empresa. Valorizar talentos internos e promover crescimento nas carreiras aumenta a retenção e reduz custos de buscar gente nova no mercado.


📌 Ações Que Trazem Resultados

  • Monte pacotes de benefícios completos: Seguro de vida, planos de saúde e vale-alimentação viraram expectativas básicas dos profissionais qualificados
  • Invista em capacitação contínua: Treinamentos internos e parcerias com escolas técnicas garantem profissionais preparados para os desafios atuais
  • Estabeleça planos de carreira claros: Trabalhadores ficam em empresas que oferecem desenvolvimento e perspectivas de crescimento

Montando Uma Política de Benefícios Eficaz

Criar uma política de benefícios competitiva exige planejamento estratégico e entender o que os profissionais realmente valorizam. O primeiro passo é fazer pesquisas salariais para mapear o que empresas parecidas, do mesmo setor e região, estão praticando. Com esses dados, dá para definir faixas salariais internas organizadas por cargo e experiência, garantindo previsibilidade e transparência.

O pacote de benefícios deve incluir não apenas o salário fixo, mas também vale-alimentação, auxílio transporte, planos de saúde e seguros de vida adequados às exigências das convenções coletivas. Empresas que oferecem remuneração competitiva reduzem o tempo de contratação, recebem candidaturas melhores e evitam retrabalho por diferença de expectativas. A dedução fiscal para empresas de lucro real que contratam seguros de vida empresariais também representa vantagem financeira relevante.

Cuidado com as Regras e Convenções Coletivas

As convenções coletivas de trabalho (CCT) da construção civil em vários estados brasileiros tornam obrigatório o seguro de vida para funcionários com carteira assinada. Cada estado tem suas regras, coberturas mínimas e definições específicas, sendo essencial consultar as CCTs locais para garantir conformidade. Em São Paulo, sindicatos como SindusCon-SP e Sintracon-SP definem os parâmetros das apólices obrigatórias.

O seguro de vida para funcionários da construção civil garante indenização em casos de acidentes pessoais, morte natural ou acidental, invalidez permanente e assistência funeral. Além de atender as exigências legais, a contratação adequada protege a empresa de responsabilidades financeiras e jurídicas, oferece tranquilidade operacional e demonstra compromisso com o bem-estar dos trabalhadores. Consultar corretoras especializadas no setor ajuda a estruturar apólices personalizadas que atendem tanto as exigências sindicais quanto as necessidades específicas de cada construtora.

O Que Fazer Agora

Com a falta persistente de mão de obra qualificada, as construtoras que investirem em benefícios estratégicos vão sair na frente na disputa por talentos. Revisar a política de benefícios atual, adequar seguros de vida às convenções coletivas e criar programas de desenvolvimento profissional são ações prioritárias. Estabelecer parcerias com escolas técnicas para formar profissionais alinhados com as necessidades do mercado também é essencial para garantir sustentabilidade no longo prazo.

O momento pede que gestores de RH e diretores de obras repensem a construção civil não apenas como um setor operacional, mas como um ambiente competitivo que disputa talentos com todos os outros setores da economia. Oferecer seguro de vida para funcionários da construção civil, somado a benefícios complementares e oportunidades de crescimento, transforma a empresa em referência no mercado e reduz significativamente a rotatividade. Para estruturar uma estratégia de benefícios eficaz e competitiva, vale buscar orientação especializada que considere as particularidades legais e operacionais do setor.

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *